Este artigo se propõe a discutir algumas questões de interesse tradutológico referentes às três traduções brasileiras (1950; 1977; 2017) da obra Der Witz und seine Beziehung zum Unbewussten, de Sigmund Freud - cuja primeira publicação data de 1905. Parte-se de argumentos expostos em um debate entre o poeta e tradutor brasileiro Haroldo de Campos e o tradutor francês de Freud, Jean Laplanche, acerca das possibilidades de traduzir os chistes citados por Freud no referido livro, para identificar as diferentes estratégias adotadas pelos tradutores brasileiros. Longe de apresentar uma análise completa das diversas versões ou um cotejo exaustivo entre o original e as três (re)traduções, o que este trabalho visa é defender que elas constituem aproximações diferentes – porém todas válidas e potencialmente relevantes para o leitor-alvo - em relação a determinados aspectos da obra "original". This article proposes to discuss some aspects of translation of the three Brazilian versions (1950, 1977, 2017) of Sigmund Freud's Der Witz und seine Beziehung zum Unbewussten, whose first publication dates from 1905. Based on arguments presented during a debate between the Brazilian poet and translator Haroldo de Campos and the French translator of the work of Freud, Jean Laplanche, on the possibilities of translating the jokes mentioned by Freud in his book, different strategies adopted by the Brazilian translators are identified. Far from trying to present an exhaustive analysis of the different versions or a comparison between the original and the three (re)translations, it is argued that they are different approaches about certain aspects of the "original" work, all of them valid and potentially relevant to the Brazilian reader. In diesem Beitrag werden einige übersetzungsrelevante Aspekte der drei brasilianischen Versionen (1950, 1977, 2017) von Sigmund Freuds Der Witz und seine Beziehung zum Unbewussten (1905) diskutiert. Ausgehend von Argumenten, die vom brasilianischen Dichter und Übersetzer Haroldo de Campos und dem französischen Übersetzer des Werks Freuds, Jean Laplanche, während eines Gesprächs über die Übersetzungsmöglichkeiten der von Freud zitierten Witze vorgebracht wurden, werden verschiedene Strategien der brasilianischen Übersetzer in Hinblick auf die von Freud zitierten Witze besprochen. Es wird keine erschöpfende Analyse oder ein endgültiger Vergleich zwischen dem Original und den Übersetzungen angestrebt, sondern signalisiert, dass die drei brasilianischen (Neu-)Übersetzungen zwar unterschiedliche, aber potenziell relevante Lesarten des "Originals" sind.
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