Muitas vezes, instituições escolares e políticas supervalorizam a norma padrão, raramente reconhecendo a legitimidade da variação linguística. Entretanto, a variação (histórica, geográfica, social ou estilística), sendo inerente a todas as línguas, não pode ser ignorada. Em sala de aula, tanto de língua materna quanto de língua estrangeira, é necessário abordar a variação, de modo que o aluno possa usar a língua em contextos diversificados e realísticos, sem criar uma versão estereotipada. Assim, o objetivo deste artigo é compreender se e em que contextos as diferentes variedades da língua alemã se concretizam em dois livros didáticos para o ensino como língua estrangeira, um para adolescentes e outro para adultos. O método da pesquisa é de cunho quanti-qualitativo, estabelecendo uma visão panorâmica da variação e analisando o tratamento dado a ela em atividades selecionadas. Os resultados sugerem que os livros abordam apenas alguns aspectos da variação geográfica e estilística. Na discussão, são problematizados esses resultados, com o intuito de auxiliar professores na avaliação e no manejo de materiais didáticos com relação à variação linguística. Many times, school and political institutions overestimate the standard norm and rarely recognize the legitimacy of linguistic variation. However, the (historical, geographical, social or stylistic) variation belongs to all languages and cannot be ignored. In the classroom, both of mother tongue and foreign language, it is necessary to approach the variation, in order that the student can use the language in diverse and realistic contexts, without creating a stereotyped vision of the language. Thus, our objective is to understand if and in what contexts different varieties of the German language materialize in two textbooks of German as a foreign language, one for adolescents and another for adults. The methodology is quantitative-qualitative, establishing a panoramic view of the variation and analyzing the treatment given to it in the selected activities. The results suggest that the books address only some aspects of geographic and stylistic variation. In the discussion, these results are problematized, to help teachers in the appreciation and management of didactic materials, in relation to linguistic variation. Oftmals überschätzen schulische und politische Institutionen die Standardnorm und selten erkennen sie die Legitimität der linguistischen Variation. Jedoch darf die historische, geographische, soziale oder stilistische Variation, die zu allen Sprachen gehört, nicht ignoriert werden. Im muttersprachlichen und fremdsprachlichen Unterricht ist es notwendig, die Variation zu bearbeiten, sodass der Schüler die Sprache in unterschiedlichen und realistischen Kontexten anwenden kann, ohne eine stereotypische Version zu schaffen. Dieser Artikel soll verstehen, ob und in welchen Kontexten die verschiedenen Varietäten der deutschen Sprache sich in zwei DaF-Lehrwerken verwirklichen, eins für Jugendliche und das andere für Erwachsene. Die Methode der Forschung ist quantitativ und qualitativ, in der wir beabsichtigen, einerseits eine panoramische Sicht der Variation herzustellen und andererseits die Behandlung von den ausgewählten Aktivitäten zu analysieren. Die Ergebnisse deuten an, dass die Lehrwerke nur einige Aspekte der geographischen und stilistischen Variation ansprechen. In der Diskussion werden diese Ergebnisse problematisiert, um die Lehrer bei der Lehrwerkevaluation und bei dem Umgehen mit Lehrwerken, was die Sprachvariation angeht, zu unterstützen.
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